Fraudes e ciberataques estão a crescer. Mas a nossa vida está cada vez mais digitalizada e sem sinais de desaceleração. O seguro certo pode ajudar a proteger os seus dados e a recuperar eventuais prejuízos.
A digitalização crescente da sociedade, em todos os seus domínios, trouxe mais simplicidade, conveniência e rapidez a processos que, anteriormente, eram demorados e até dispendiosos.
Uma das facetas onde esta mudança de paradigma é mais visível é nos hábitos de consumo. Potenciadas pela pandemia, as compras online têm crescido de ano para ano tendo atingido, no final de 2024, um volume de negócios de cerca de 12,2 mil milhões de euros (+10% face a 2023) e cativado mais de 5 milhões de consumidores (+2% do quem 2023), segundo o relatório especializado CTT E-Commerce.
Porém, com um maior volume de compras e um crescimento do número de sites de vendas vem, também, a necessidade de os consumidores abrirem mais contas e, consequentemente, expõem-se a mais riscos relacionados com a segurança dos seus dados pessoais.
Apesar do desenvolvimento de melhores soluções de segurança online e da introdução de legislação que visa proteger os dados sensíveis dos consumidores, a verdade é que os piratas informáticos andam sempre um passo à frente e causam, todos os anos, milhões de euros em prejuízos a quem, infelizmente, vê a sua segurança online comprometida.
Segundo o CNCS (Centro Nacional de Cibersegurança), em 2024, verificou-se um aumento nos incidentes de cibersegurança, em especial nas empresas (60% foram alvo de, pelo menos, um incidente nos últimos dois anos), e um crescimento de 12% nos crimes digitais em relação a 2023.
Para percebermos o impacto económico destes crimes sobre os consumidores e empresas, recorremos ao Banco de Portugal: em relação ao ano passado, as fraudes digitais foram responsáveis por perdas financeiras na ordem dos 8,9 milhões de euros e isto é apenas relativo a operações fraudulentas em pagamentos no 1º semestre de 2024, porque a extensão dos danos, olhando para o conjunto de práticas criminosas no universo online, será muito maior e terá atingido os 965 milhões de euros.
A contribuírem para estes números estão práticas maliciosas que vão da clonagem de cartões ao bem conhecido phishing online e até às burlas por WhatsApp mostrando a todos nós que o perigo está mais perto do que aquilo que possamos pensar.
Que tipos de cibercrime afetam os consumidores em Portugal?
As violações de dados pessoais relacionados com o mundo online estão a aumentar. Esta nova realidade é cada vez mais preocupante, basta ver a recente notícia do roubo de dados de contas Google, Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Netflix de 3,5 milhões de portugueses.
Na origem do ataque esteve a utilização de malware, um software preparado especificamente para roubar dados sensíveis e corromper os sistemas de segurança, através de acesso remoto, de computadores e smartphones.
Este tipo de ciberataque é, apenas, um dos muitos cibercrimes que, anualmente, afetam a população e empresas portuguesas. Além da instalação de malware, os principais tipos de cibercrime em Portugal são:
- Phishing: técnica de roubo de informações sensíveis (passwords, dados bancários, etc.) que se processa através do envio de emails ou mensagens falsas que imitam entidades bancárias ou serviços legítimos;
- Smishing: envio de emails ou mensagens de texto com links que remetem a vítima para sites falsos ou anexos maliciosos cujo objetivo passa por roubar dados bancários;
- Fraudes “românticas”: criação de uma relação de intimidade através das redes sociais com o intuito de que a vítima envie dinheiro ao criminoso;
- Fraudes do tipo “Olá pai, olá mãe”: envio de mensagens fraudulentas em que o criminoso se faz passar pelo filho das vítimas para que estas lhe enviem dinheiro através transferência imediata via MB Way;
- Investimentos fraudulentos: fraudes digitais em que os criminosos acenam às potenciais vítimas com retornos elevados em investimentos com risco associado reduzido, não raras vezes envolvendo criptomoedas;
- Fraudes em apps e lojas online: depois de pagos os produtos, estes nunca são enviados;
- Fraudes de falsificação de identidade: perfis de amigos ou familiares das vítimas são clonados para lhes pedir dinheiro ou dados pessoais que, posteriormente, podem ser utilizados para pedir créditos.
Que prejuízos podem resultar de um ataque digital?
Dos ciberataques que falamos no ponto anterior resultam avultadas perdas nos mais vastos domínios, senão vejamos:
- Perda de dinheiro diretamente da conta bancária;
- Danos em equipamentos (smartphones, tablets, PCs);
- Gastos jurídicos ou administrativos para a recuperação de identidade;
- Danos psicológicos ou reputacionais que, por sua vez, podem acabar por aprofundar as perdas financeiras.
As perdas, como se pode perceber, são significativas e podem virar a vida das vítimas de cabeça para o ar.
Há, contudo, uma forma de mitigar estas perdas. Como? Através de um seguro contra ciberataques.
Pode um seguro ajudar? Que coberturas procurar?
Tal como acontece na área automóvel, industrial e até pessoal, os seguros seguem de perto as tendências sociais e o avanço das necessidades de proteção que se vão gerando com a evolução do ser humano.
No caso da digitalização da vida quotidiana e, mais concretamente, nas fraudes online, as necessidades de proteção levam a que, atualmente, já se possam encontrar seguros multirriscos que incluem proteções digitais que ajudam, por exemplo, as vítimas de ciberataques a recuperar financeira e psicologicamente da ação criminosa.
Em termos práticos, um seguro cibernético pessoal que ofereça proteção contra fraude digital poderá oferecer aos segurados:
- Cobertura de despesas legais e administrativas;
- Aconselhamento jurídico em caso de roubo de identidade;
- Apoio técnico para recuperar dados ou dispositivos;
- Reembolso de prejuízos comprovados (em coberturas específicas).
Uma palavra especial para as coberturas, uma vez que estas serão fundamentais para se perceber a extensão da proteção que se está a contratar.
Entre outras coisas, é importante perceber, desde logo, se as coberturas se adequam ao grau de exposição ao risco do segurado. Por exemplo, uma empresa que faça vendas e receba pagamentos online estará mais exposta a ataques digitais em Portugal do que um particular e a própria dimensão do estrago será maior, o que implica uma cobertura financeira mais robusta.
De igual modo, um cidadão que é alvo de uma fraude com um pagamento numa compra online e se veja lesado financeiramente, pode e deve procurar uma cobertura que lhe garanta a indemnização do valor roubado e o acompanhe num possível processo jurídico que, como todos sabemos, pode prolongar-se no tempo e exigir o pagamento de custas judiciais significativas.
A importância de falar com um mediador especializado
Porque os riscos digitais para consumidores e empresas são reais e cada vez mais recorrentes, a escolha de um seguro de dados pessoais com, por exemplo, cobertura de ciberataques, deve ser bem pensada, sobretudo a nível de coberturas e despesas associadas.
Pela importância que esta decisão encerra, o assunto deve ter sempre o aconselhamento de profissionais especializados na área, como é o caso de um mediador como a EXS Seguros.
Graças a profissionais dedicados e uma vasta oferta de seguros e coberturas, será mais fácil para quem procura proteção contra os riscos do mundo digital encontrar não só a solução que melhor sirva as suas necessidades, como também aquela que lhe garante um melhor rácio proteção-preço.
Em suma, ao recorrer à EXS Seguros, os consumidores e empresas vão poder usufruir de um acompanhamento próximo que se consubstancia:
- Na explicação pormenorizada sobre os tipos de cobertura existentes para o flagelo dos ataques e fraudes digitais;
- Na avaliação se o seguro da casa pode incluir a proteção contra os riscos associados à presença digital;
- No aconselhamento de medidas preventivas complementares, tais como cópias de segurança, autenticação dupla, etc.
O crime do futuro e a proteção que precisa
Como vimos ao longo deste artigo, o crime digital é uma ameaça real e crescente não só para cidadãos comuns, mas também para empresas levando a avultadas perdas financeiras e reputacionais que se podem prolongar no tempo.
Face a esta problemática, a proteção deve sempre começar com a prevenção e ser aprofundada com a contratação de seguros que incluam cibersegurança já que com , com as coberturas adequadas, pode recuperar dos danos causados mais depressa e, sobretudo, com menos custos associados.
Já imaginou ser vítima de um ataque digital? Informe-se e descubra que tipo de proteção pode existir — inclusive no seu seguro atual.